A busca pela integração e compatibilidade entre pautas econômicas e sustentáveis vêm crescendo consideravelmente nos últimos anos, tendo em vista o maior espaço que as demandas de meio ambiente vêm ganhando (em especial a partir de órgãos públicos), e também pela constante necessidade de otimizar processos e reduzir custos, diante de medidas de aprimoramento tecnológico como, por exemplo, redução de custos com matéria-prima. Todavia, esta conexão não é exclusivamente dos dias atuais. Em 2004, a partir de uma parceria envolvendo Banco Mundial, instituições financeiras e a Organização das Nações Unidas (ONU), criou-se o conceito de ESG (environmental, social and governance). Um conceito que é, paradoxalmente, simples e complexo ao mesmo tempo.
O termo pode ainda não ser conhecido por todos, mas certamente estará (se já não está) nas pautas de todas as grandes empresas ao redor do mundo. Este conceito traz uma visão cíclica que engloba três pontos principais: a relação da atividade econômica com o seu entorno social, a prospecção e engajamento ambiental do empreendimento diante do contexto no qual está inserido, e a relação dos riscos financeiros a partir de investimentos, sejam eles internos ou externos.
Cabe ressaltar que ESG e sustentabilidade são conceitos que se complementam, mas não são sinônimos. Acidentes ambientais ocorridos ao longo do tempo, a exemplo da exposição em massa de metilmercúrio em Minamata, no Japão, em 1956, devido ao lançamento irregular de dejetos, fizeram com que entidades importantes ao redor do mundo passassem a reavaliar de forma mais incisiva o tema de sustentabilidade corporativa. Sabemos que a demanda de mercado é o que pauta, efetivamente, as regras e exigências para o sucesso de empreendimentos. Diante disso, bancos, investidores e seguradoras passaram a mapear riscos financeiros dos negócios a partir de seus respectivos comprometimentos com a conjuntura de elementos sociais, ambientais e administrativos. Ou seja, a gestão ESG contempla não apenas a garantia de um negócio saudável do ponto de vista socioambiental, mas sim do seu potencial de crescimento a partir da participação de outras instituições de alta relevância financeira. Em outras palavras, sem a devida gestão ESG, dificilmente um negócio terá facilidades de angariar novos parceiros e aliados de mercado.
A avaliação de riscos ambientais, especialmente se tratando de atividades industriais de alto risco, está sendo feita não apenas por órgãos ambientais responsáveis pelo licenciamento da atividade, mas também por instituições como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Exemplo disso é a retirada de financiamentos da organização em usinas térmicas a carvão, episódio que recentemente chamou atenção na imprensa. A tendência indica que isso seguirá acontecendo, e não se trata mais de uma opção de aprimoramento dos administradores, e sim de uma necessidade de sobrevivência de modo que a empresa siga tendo visibilidade e, com isso, siga prosperando.
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